segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

As lendas da linda Viçosa

Por Carolina Durães

A cidade de Viçosa no Ceará encantou a todos por ser uma cidade tranqüila, bem diferente da correria da capital. Mas por trás dessa cidade sossegada, uma série de lendas e estórias assombrosas, mantidas vivas no imaginário popular, mostram uma Viçosa diferente e cheia de mistérios.

Conta-se que uma mulher perdeu o filho recém nascido. Desde então ela passou a perambular de forma desesperada pelas ruas de Viçosa em busca de seu filho. Tem gente que jura que já ouviu o grito da mãe. Outros dizem que quem já “esbarraram” com ela pela frente. Outros até conhecem a história, mas preferem não comentar. “Essas estórias assombrosas não são estórias que se conte”, diz um popular.

Mas o lendário de Viçosa não pára por aí. Alguns fatos chegam a ser comprovado, mas não poderia faltar uma pitada de mistério e, é claro, um pouquinho do imaginário popular. Se existe uma estória que todo mundo conta, mas ninguém sabe a versão original é o paradeiro dos trabalhadores de uma mineradora de cobre.

Na década de 40, a cidade de Viçosa foi ocupada por alguns mineradores que “desapareceram da noite para o dia”. Essa é a única parte da estória que todo mundo conhece. Já os motivos do paradeiro, esse cada uma tem a sua versão. “Somente uma coisa muito feia pode ter afastado os mineradores de uma riqueza tão grande”, acredita o Guia Turístico e também gerente do Hotel Municipal de Viçosa, Nelson Vidal Cunha.

E só pode ter sido um motivo muito forte mesmo. Eles foram embora e deixaram todos os equipamentos na mina. As peças de alto valor foram saqueadas pela população. ‘“Teve gente que ficou rico”, acrescenta Nelson.

As lendas de Viçosa têm um pouco de folclore, uma pitada de imaginário popular, mas ninguém pode negar que têm originalidade. Basta parar em uma esquina e puxar um “dedim de proza” para que os viçosenses se rendam às estórias do patrimônio lendário da cidade. Fruto de uma identidade forte, que permanece viva nos casarões, nas praças e em cada morador de Viçosa.

Na opinião de Nelson Vidal Cunha a cidade de Viçosa alimenta a tradição das lendas por não ser uma cidade entreposto. Ou seja, por não ser uma cidade de passagem, a cidade pouco recebeu a influência de outros povos, o que contribuiu para manter a cultura local muito forte.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Um patrimônio escondido no Piauí





No povoado Frecheira, localizado a 9 km do municío de Cocal da Estação/PI, existe um patrimônio histórico e arquitetônico, trata-se da Igreja de Nossa Senhora do Rosário. A igreja está situada em meio ao cenário do sertão piauiense e possui difícil acesso. De acordo com o professor Paulo Vasconcelos, a construção data do século XVII, devido às suas caracteristicas arquitetônicas e inscrições na sua fachada que remetem ao ano de 1616.


Segundo o professor Paulo a igreja apresenta características das construções jesuíticas, estrutura maneirista, que antecede ao barroco, representada pela simetria e pelas vigas retas e simples sem adornos e exageros, possui apenas uma nave central e há ausência de torres . Considerando a data gravada de 1616, acredita-se que esta seja a arquitetura mais antiga do Piauí. Porém, não existem registros documentais que comprovem a veracidade da data.O historiador Olavo Pereira da Silva, que atualmente trabalha no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, em seus estudos não conseguiu encontrar nada que pudesse atestar a validade da data encontrada na fachada. Mesmo sem uma prova documental a igreja representa uma importante construção, "uma preciosidade arquitetônica", como ressalta o professor Paulo.


Embora tombada como patrimônio estadual sua estrutura tem sido conservada pelos moradores da localidade, os quais ainda realizam em seu interior cerimônias religiosas, no entanto, de acordo com a senhora Maria Candida do Nascimento, 74 anos, isto acontece somente uma vez ao ano. "Todo ano a gente se reune nos festejos de Nossa Senhora do Rosário, que acontecem em outubro, aí o padre de Cocal vem e realizabatizados, eucaristia, crisma e casamentos. Todo o povo se reune e faz uma grande festa", explica Maria Candida que nasceu no município de Buriti dos Lopes/PI e veio para o povoado Frecheira somente aos 40 anos.


Mesmo com o cuidado que a comunidade tem tido de conservar este patrimônio histórico fica o alerta para as instituições responsáveis pelos bens tombados pelo estado. Não se pode deixar perdido e longe do conhecimento das pessoas algo que faz parte da história de povoamento do país e que pela data contraria inclusive os primeiros registros de expedições no estado do Piauí que datam de 1674 a 1680 por intermédio de Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso.



Texto: Juliana Eulálio Fotos: Moysés

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um jardim encravado na Serra da Ibiapaba

Sentir-se num jardim após subir a serra. Seria um jardim suspenso?!



Não, simplesmente uma cidade situada à 740 metros na Serra da Ibiapaba. Simples. Singela (a palavra-chave, também pudera!).
Essa é uma das sensações que tomam conta dos visitantes da pequena Viçosa do Ceará, que não é uma das sete maravilhas do mundo antigo, por mais que o trocadilho com as flores e a altitude possa imprimir esta lembrança. Ela é, sim, uma das cinco cidades mais antigas do estado e preserva de forma tão minuciosa sua essência.
Para alguns o preservacionismo da cultura viçosense se dá devido a cidade não ser corredor comercial. "O fato de Viçosa não ser entreposto de escoamentos de mercadorias, de não ser atravessada por BR, fez com que o povo daqui preservasse muitos de seus costumes, pois têm pouca intereferência cultural se comparada a algumas cidades vizinhas,o que dá todo o diferencial", frisa Nelson Cunha, gerente de um dos hotéis da cidade.

Viçosa é preciosista. É delicada. Assim como cada jardim que enfeita as casas, as janelas, as ruas e praças. Eles retratam um pouco da gente desse lugar, passando a calma e beleza das conversas, dos cumprimentos e do cuidadoso jeito de ser dos viçosenses.

Na cidade natal de figuras ilustres da história brasileira como Clóvis Beviláqua, General Tibúrcio e Marechal Bezerril, gente anônima dos livros, mas tão conhecida quanto esses ícones da cidade também completam o mosaico que compõe a florida Viçosa. Dona Ritinha é uma dessas personagens, que se confunde com a aura da cidade.

“Desde criança gosto muito de plantas. Essa é uma paixão que herdei da minha família. Nossas casas sempre tiveram jardins e muitas flores. Recordo que quando mocinha, eu e minhas amigas íamos à praça e ficávamos volteando ao redor do coreto da Igreja Matriz, que era repleto de roseiras...lindas! Elas enfeitavam o passeio onde as mocinhas desfilavam aos domingos”, rememora saudosa, Dona Ritinha.

Enquanto passeia pelo jardim, ela conversa como se falasse com uma velha conhecida fazendo questão de apresentar cada plantinha pelo nome. “Essa é uma bougainville. Aquela é uma jasmim. E das rosas, você já tirou fotos? Essa é uma perpétua, você conhecia? Minhas preferidas são as hortênsias, mas gosto de todas”, diz Dona Ritinha, enquanto arranca as folhas amareladas que insistem em permanecer presas aos galhos.

Por toda a cidade esse cenário se repete com suas peculiaridades e sutilezas. E para os amantes das flores, ou apenas amantes enamorados não há lugar mais propício do que um jardim chamado Viçosa, para contemplar o colorido que atrai a liberdade das borboletas e enfeitam os cabelos das turistas que relembram a infância ou de moradoras que parecem fazer isso rotineiramente.



Fotos:Tuyná Fontenele e Moysés Castelo Branco




domingo, 14 de dezembro de 2008

Só para lembrar!

Terça, lá no auditório da ADUFPI, às 20h, vamos nos reencontrar para compartilhar fotos, vídeos e momentos vividos lá em Viçosa. Todos que viajaram estão convocados. Aqueles que não foram, mas que ficaram com vontade após acompanhar este blog ou mesmo de tanto ouvir a gente falar o quanto foi bom, estão convidados.
Eu já to anciosa!
Gostaria de colocar aqui aquela foto de todo mundo que foi para Viçosa, mas continuo não conseguindo postar imagem, mesmo depois de todos os ensinamentos.
hehehe. Essa tecnologia...

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Não era só curtir, tinha que trabalhar também




















Viçosa é mais que tranqüila

Para curtir a charmosa cidade de Viçosa na serra da Ibiapaba dispomos de apenas um final de semana. Tempo suficiente para sentir o friozinho que bate no alto do Pólo Cultural da Igreja do Céu e descansar da pesada rotina do dia-a-dia no calor piauiense.

Apesar de fazer muito sol pela manhã, a brisa sopra fria e dá uma leveza à caminhada pela cidade. A noite em Viçosa é mais que tranqüila, em um ritmo bem diferente do nosso na capital. Vontade mesmo é de ficar de pernas para o ar por todo o dia...

Em nossa viagem o Prof. Paulo Vasconcelos por vezes assumiu as atribuições de guia, apresentando-nos os casarões tombados no centro da cidade. São 72 casas repletas de histórias que vêm desde o século XVIII, como na igreja tricentenária de Nossa Senhora de Assunção ou nas casas da família Pinho, uma das mais tradicionais da cidade.

Posso até afirmar que qualquer ser humano normal participante de nossa singela expedição ficou com aquela vontade de voltar... Ou será que foi só eu?!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

GALERINHA DE JORNALISMO-UESPI RUMO AO CÉU


Viçosa do Ceará: palco do Cultura na Serra 2008



O professor Paulo Vasconcelos, do curso de artes da Universidade Federal do Piauí, em parceria com a professora Samária Andrade, do curso de Comunicação Social da Universidade Estadual do Piauí, reuniu cerca de 50 alunos dos cursos de artes (UFPI) e jornalismo (UESPI), para organizarem e participarem de um encontro cultural na cidade de Viçosa do Ceará.

O evento denominado de Cultura na Serra aconteceu no último final de semana, dias 06 e 07 de dezembro. Os estudantes coordenados pelos seus respectivos professores tiveram de realizar a divulgação prévia, organizar as exposições fotográficas, inspiradas nas pessoas da cidade e na Bossa Nova, bem como a apresentação musical, que apresentou aos viçosenses o trabalho dos próprios estudantes de música e da dupla Fábio e Cláudia.

Há sete anos o professor Paulo leva seus alunos à cidade de Viçosa do Ceará por considerar que o local é uma referência cultural. “Viçosa é uma cidade muito antiga e possui uma força cultural muito grande, tem um patrimônio histórico e arquitetônico riquíssimo e algumas figuras ilustres como o Padre Antônio Vieira e Clóvis Beviláqua. É uma cidade bonita, contemplativa e que provoca reflexões”, justifica a escolha da cidade. Palco de momentos históricos marcantes a cidade foi tombada, em 2003, como patrimônio nacional.


Além dos atributos destacados pelo professor, Viçosa possui outra singularidade, a sua gente. Pessoas extremamente receptivas, educadas e atenciosas, que conhecem e valorizam a história do lugar. Através da visão e do conhecimento dos viçosenses é possível saber mais sobre os fatos que marcaram o nascimento da Aldeia da Ibiapaba, a atual Viçosa do Ceará.


A Igreja Matriz pelos olhos de sua gente



Francisco Chagas da Costa, 42 anos, pipoqueiro, há vinte anos vive em Viçosa e sente-se filho da cidade, que considera a mais bonita de todas. Seu Francisco durante a semana viaja pelas cidades vizinhas vendendo produtos em feiras e festejos, mas nos fins de semana sempre retorna para sua família e para a cidade do seu coração. “Todos os fins de semana estou de volta com meu carrinho de pipocas esperando as pessoas saírem da Igreja Matriz, essa igreja linda que representa o começo da minha cidade”.

Francisco Chagas Costa


Francisco Chagas refere-se ao surgimento de Viçosa que se deu ao redor da igreja de Nossa Senhora da Assunção, construída em 1695 e tombada como patrimônio nacional em 2002. A igreja apresenta o teto, o altar-mor e as imagens dos santos feitos em madeira, essas peças datam do século XVIII, bem como o mobiliário, paramentos e peças usadas nas celebrações religiosas.


O senhor Francisco Carneiro da Cunha, 69 anos, mais conhecido como “Dom Chiquinho I” é proprietário do “Consulado Viçosense”, lojinha que fica no complexo turístico “Portal do Céu”, onde vende licores e cachaças fabricadas pela cooperativa de produtores de cachaça do Ceará, também tem orgulho de contar aos seus visitantes os fatos históricos marcantes da cidade.

D. Chiquinho I


“A história de Viçosa gira em torno da Matriz, mas ao contrário do que se imagina ela demorou a ser construída. Muito antes, em 1600, o padre Antônio Vieira veio para a Ibiapaba em uma missão junto aos índios tabajaras e foi ele que botou ordem na casa. Anos depois veio outro padre, o Ascenço Gago, que em 1692 começou a organizar os índios para ajudarem na urbanização da cidade. Só em 1695 é que a igreja de Nossa Senhora da Assunção foi fundada.”, conta Dom Chiquinho I.


De acordo com Ocione Alves, 32 anos, sacristão da igreja, o primeiro templo religioso do Ceará, funciona normalmente. "A igreja que já possui mais de trezentos anos foi restaurada há pouco tempo, em 2006. O padre Alberto Pereira Magalhães é quem cuida de tudo por aqui e sempre temos missas e muitos visitantes", explica Ocione.

E teve casamento no Portão de Céu...

A noite de domingo em Viçosa foi mais que animada.
Na praça da Matriz as exposições fotográficas sobre a Bossa Nova e o povo de Viçosa do Ceará ainda estavam expostas e a população local compareceu em peso. Muita gente foi até lá ver as belíssimas fotos de Paulo Vasconcellos e Katiane Machado. Os observadores sentiram-se representados diante daquelas fotografias. Frequentemente observávamos suas reações ao se depararem com pessoas conhecidas nas fotos. A satisfação era tanta que muitas vezes posavam para nossas câmeras (inclusive pedindo para serem fotografados), num desejo quase palpável de também verem seus rostos estampados na exposição. Alguns chegavam a perguntar se suas fotos também seriam colocadas lá. Todos elogiavam o trabalho.

De fato, a população de Viçosa merecia ser fotografada e homenageada. São pessoas muito simples, acolhedoras e que sorriem para nós nas ruas. Quanta diferença... Viçosa do Ceará parece mesmo um mundo à parte.

Depois da divulgação feita na rádio Serra verde FM e no carro de som pela cidade, muitos também foram ao Portão do Céu assistir ao show de Bossa Nova.
Infelizmente, apesar da insistência da nossa equipe, não foi possível contar com equipamentos de som, já que estes não puderam ser disponibilizados para nós. Mas não fomos até Viçosa pra "morrer na praia". Com a chegada de Claúdia, da dupla Fábio e Cláudia, de Teresina, a Bossa Nova tomou corpo. Em meio ao frio e à neblina, ao som do violão e da voz encantadora da artista, todos se divertiram muito cantando músicas como "Eu sei que vou te amar", "Chega de saudade" de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e "Pela luz dos olhos teus" de Tom e Miúcha.

O aniversário de 50 anos da Bossa Nova foi, meio que por acaso, comemorado da maneira mais acertada. Amigos em volta do violão, todos juntinhos pra esquentar o frio serrano na calmaria e paz da cidade de Viçosa, que casaram perfeitamente com a simplicidade e tranquilidade típicas do estilo musical. Dificilmente encontraríamos tão perto outro lugar tão próprio e especial para festejar essa data importante do cenário muscal brasileiro. A beleza comum às canções e ao cenário ao qual fazíamos parte se completaram de forma perfeita.

A cidade cenográfica de Viçosa

A impressão que se tem ao chegar em Viçosa é a de estar entrando numa cidade cenográfica que retrata o início do século XIX. As residências são grandes, mas mesmo aquelas menores são muito bem pintadas com cores fortes e diversas. Chama atenção exatamente esse colorido das construções. O sobe e desce das ruas, aliado à limpeza destas e às singelas praças, reforçam esse ar de cenário. Tudo parece ser planejado para dar a sensação de aconchego e acolhimento, inclusive a prestatividade das pessoas, a tranquilidade de andar nas ruas mesmo de madrugada e o clima de serra.



Mas, como para lembrar de estamos na vida real, nesse cenário também é possível deparar-se com um prédio próximo dos cem anos em triste degradação. É o Teatro Pedro II, que não abre as portas já há algumas décadas. Entre um dos 92 monumentos que existem na cidade, tombados como patrimônio histórico, o teatro era de propriedade particular e foi comprado ainda este ano pela prefeitura. A população acredita que agora ele será reformado e voltará a ter a mesma importância e beleza de antes.



Os personagens e situações encontradas nessa cidade também são muito reais. Os carros pau-de-arara, idosos na fila do banco desde as 4h da manhã, crianças correndo atrás de um homossexual em atitude de total desrespeito e dificuldade de emprego para a maioria dos jovens são fatos carregados de simbologia que passeiam pelos olhos de qualquer visitante mais atento.



Viçosa é uma cidade que convida à reflexão e que deixa uma vontade louca de não sair mais de lá. O que consola, é a possibilidade do retorno, para quem passou 3 dias dizendo: "Eu quero ficar aqui!"

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Arquitetura de Viçosa: Uma sensação de volta ao passado

Cada flor que nasce na casa de cada morador de Viçosa, demonstra a preocupação da população local em conservar a história da cidade. Acontece assim também na arquitetura de vários imóveis espalhados pela pequena cidade do interior do Ceará.
A arquitetura de Viçosa pode ser dividida em 3 fases. A primeira delas data do período colonial e tem como principal representação a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, que recentemente foi restaurada e é possui hoje tombamento federal.
Os Casarões dos Pinhos, Vasconcelos Fonteneles e também o teatro, podem ser incluídos na segunda fase, são do Século XIX e possuem estilo eclético. Ou seja, resgata estilos do passado e fazem uma mistura com eles. A Casa dos Pinhos, bem próxima a Igreja da Matriz é um belo exemplo de arquitetura eclética com traços neo-renascentista.


No inicio do século XX, a cidade entra na sua 3º fase, a Igreja De São Francisco de Assis e diversos prédios próximos ao Mercado de Viçosa, ainda estão lá para provar isso.
Segundo o arquiteto Paulo Vasconcelos, a cidade tem cerca de 30 imóveis tombados e o IPHAN tem a pretensão de realizar o tombamento do conjunto urbanístico da área central da cidade de Viçosa.
Um grupo de historiadores e arquitetos visitaram a cidade orientando a população a manter os traçados originais nas suas residências, e é o que de fato acontece lá. Mas a sensação de retorno ao passado que a cidade transmite é de responsabilidade, principalmente, de cada Viçosense consciente da importância de conservar seu patrimônio.

Exposições surpreendem a população






Para descobrir que Viçosa do Ceará é uma cidade encantadora e singela, basta apenas olhar as fotos coloridas do contraste entre o verde dos jardins e o casario antigo deste município, que é um dos mais antigos da região. Porém, para saber o quanto seu povo contribui para que este seja um lugar de clima aconchegante é preciso sentir, literalmente.


Mais do que comprovar este fato, os fotógrafos Paulo Vasconcellos e Katiane Machado resolveram registrar essa peculiaridade e fazer uma bela homenagem ao povo viçosense. O palco para esta surpresa foi o coreto da Praça da Igreja Matriz, ponto central do encontro Cultura na Serra.


Faces da Serra e Chega de Saudade foram os nomes escolhidos para as duas exposições, que abordavam assuntos distintos. Em plena harmonia, quase 85 fotos da população da cidade desenvolvendo atividades cotidianas se misturavam a reproduções de momentos ímpares da história da música brasileira, que mostravam a cidade do Rio de Janeiro em efervescência devido a uma certa poesia musicada que surgia no Brasil, na década 50l: A Bossa Nova.


Logo no início do sábado (06), uma movimentação diferente começou a despertar a curiosidade da população, aguçada ainda mais por um carro de som, que divulgava uma exposição de fotografias. Além da beleza das fotos, luzes, cores e tábuas ajudaram a compor o cenário, que encheu de orgulho a população.
Idosos, jovens, crianças. Todos foram prestigiar a exposição. Raimunda Rodrigues, 64 anos, estava orgulhosa ao se deparar com a foto de seu cunhado, uma das faces da exposição. “É muito gostoso ver as pessoas conhecidas em belas fotografias; tenho certeza que toda a população está satisfeita”, pontua Raimunda.

“Aqui, de vez em quando há movimentos na praça, mas nunca tinha visto nada parecido com isso”, afirmou Pedro Vieira, morador da cidade. “Essa exposição mexeu com o sentimento da população, aumentando seu orgulho”, complementa Pedro.

Da série "Porque amamos Viçosa"

Para que você, querido internauta-leitor, possa entender o porquê de a cidade de Viçosa do Ceará ter sido escolhida como palco para o Cultura na Serra 2008, eis algumas fotos da série "Porque amamos Viçosa".

Pedra do Machado 1

Lagoa Pedro II 2

Escadaria da Igreja do Céu 3

Vista da cidade de Viçosa na 'Porta do Céu' 4

Sino da Igreja Matriz e Praça Clóvis Bevilaqua 5

Réplica do Cristo Redentor da Igreja do Céu e Restaurante 'Mirante do Céu' 6

Créditos: fotos 1, 2, 3, 4, 5 por Ben Rholdan / foto 6 por Dowglas Lima

Podia até ser apelidada de cidade das flores

Pequena, com gente simples, sem os atropelos e as loucuras das cidades grandes, cidade simpática rodeada por flores. Sem dúvida a cidade de Viçosa do Ceará é encantadora.

O encantamento já começa na estrada de acesso à cidade, curiosamente chamada "rampa do inferno". De lá já é possível enxergar o Cristo Redentor, situado no mirante conhecido por "morro do céu", onde foi construída a Igreja N. Sra. das Vitórias( ou simplesmente, Igreja do Céu), e de onde se pode ter uma das mais bonitas vistas panorâmicas da região.

Chegando a cidade, belos lugares para visitar é o que não falta . As praças e jardins, com ruas bem cuidadas e arborizadas, convidam aos mais agradáveis passeios. Embora povoada por imóveis horizontais, ainda são conservados muitos casarões antigos, tombados pelo patrimônio histórico.

Um dos locais mais populares é o Pólo Turístico Artesanal, onde habitantes locais e visitantes vêm comprar produtos da terra, e onde se pode encontrar também uma grande variedade de chocolates, diversos tipos de doces, além da grande variedade de licores.

Por falar em licor, um dos mais entendidos do assunto por lá é o seu Alfredo e a sua esposa, a D. Teresinha. Quem passa pela Casa dos Licores, local onde é comercializada a bebida e a própria residência do seu Alfredo, vai poder experimentar os mais de 50 tipos de licores criados por ele e ainda apreciar a boa música do seu pífaro de taboca.

A paisagem da serra contribui muito para muito para a beleza do local, mas o que não passa despercebido é diversidade de flores que enfeitam toda a cidade, tanto que podia até mesmo ser apelidada de Cidade das Flores. A diversidade delas aqui é grande. Flores de todos os tipos, de todos as cores e em praticamente tudo quanto é lugar.

Vontade de voltar é o que não falta...

video da chegada a Viçosa

Video da Viagem de Ida

Fotos de parte da galera que trabalhou muito nesse evento

Não poderia faltar aqui nesse blog imagens das pessoas que trabalharam nesse projeto, não tem a foto de todo mundo, mas sintam-se representados e principalmente homenageados, graças ao esforço de todos, nosso evento ocorreu muito bem, sem contar que foi maravilhoso conhecer e conviver um pouco com cada um. Parabéns a todos!!!